quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Carta de boas-vindas a Rede Estadual de Núcleos de Ilês Afro Aids




Carta de boas-vindas a Rede Estadual de Núcleos de Ilês Afro Aids




“Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."


AGÔ

O ingresso em um evento, uma instituição, um movimento, um Ilê, é um divisor de águas na vida de qualquer cidadão, ainda mais quando, este ingresso tem a pretensão de sensibilizar, motivar e mobilizar os pais e mães de santo do Batuque do Sul, caciques das terreiras para serem encorajados receberem informações para o enfrentamento a problemática do HIV AIDS. Convocar os terreiros para dar - se conta, de que enquanto os Umbandistas e Africanistas não abrirem as portas das suas casas para chegar esta discussão, vidas estão sendo perdidas, pessoas continuam morrendo por causa da Aids, passa ser um desafio diário. É lamentável, o tema chegar tão tarde. Sim, quanto dos nossos, já foram levados pela doença?. Também, em uma comunidade tão carente como a nossa, que apresenta os baixos índices sociais do país,, entendemos que não poderia ser diferente em virtude da falta de políticas públicas inclusivas para a matriz afro.
Por isso, congratulo-me a todos os componentes da ARUTEMA- pela iniciativa, de fazer adesão a Rede Estadual de Núcleos de Ilês Afro Aids, com isso abrindo uma agenda de eventos integrativos nos dia 31, 1, 2 de fevereiro, com toda a certeza fará a diferença no que se refere preparar os integrantes da mesma para que possam iniciar a conversa local e a participação em eventos futuros em âmbito estadual.
No entanto, a luta está apenas começando e os percalços durante a caminhada serão inúmeros, mas as recompensam serão duradouras. Convido-os a se unirem a nós na luta pela construção de uma sociedade mais justa, igualitária, através da educação.
A Rede Estadual é de vocês. Por isso, ocupem todos os espaços participem das capacitações, palestras, seminários, rodas de conversas, roda de diálogo. Dialoguem, critiquem, questionem, perguntem, comentem, enfim, participem!

São os mais sinceros votos da Yalorixá e idealizadora da Rede Estadual de Núcleos de Ilês Afro Aids, que acredita no poder transformador dos orixá, caboclos, exus e pretos velhos, e no potencial imenso de cada um zelador, dirigente espiritual que estão a frente dos Ilẽs.

Guaíba, 27 de dezembro de 2013.

Carmen de Oxalá
             Executiva da Rede Estadual

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Arutema e Assobecaty promovem diálogo sobre DST/Aids em Rio Grande

 

Foto: Hamilton Freitas

Arutema promove diálogo sobre DST/Aids

Representantes da Arutema falaram sobre o evento que ocorre nesta sexta-feira

    Associação Rio-grandina de Umbandas e Terreiros de Matriz Africana (Arutema) irá realizar nesta sexta (31), a partir das 19h, no anfiteatro do HU, o Diálogo DST/Aids nos terreiros.  O evento é direcionado para sacerdotes, dirigentes caciques e adeptos das religiões de matriz africana e umbanda, e contará com a presença da secretária Estadual de Saúde, Sandra Fagundes.
    De acordo com o presidente do conselho deliberativo da Arutema, Fernando Tubino Vianna, com a realização do evento a associação busca trazer informações sobre DST/Aids numa linguagem mais acessível aos povos de terreiros. "A yalorixá Carmem de Oxalá, que está vindo de Assobecaty de Guaíba, é psicóloga e faz parte da Rede Estadual que debate esses temas. Ela tem uma linguagem direcionada a esse público", explicou Vianna.
    O secretário da Associação, Alexandre Oliveira, lembrou que nesse primeiro ano de atuação da Arutema, foram realizadas ações e eventos buscando sempre trazer mais esclarecimentos aos povos dos terreiros. "Com  apoio de nossos parceiros, buscamos levar mais informações, para que cada vez mais pessoas ser tornem multiplicadoras desses saberes", salientou Oliveira.
    O Diálogo DST/Aids iniciará às 19h e contará, além da palestra da yalorixá Carmem de Oxalá, com a palestra do babalorixá Nei d´Ogum e da equipe da coordenação de prevenção DST/Aids do Rio Grande. Mais informações na fanpage no Facebook da Arutema

    Por Eduarda Toralles
    eduarda@jornalagora.com.b

    sábado, 17 de novembro de 2012

    Estudante Angolano no IIê de Mãe Carmen de Oxalá, estreita a distância entre Brasil e Angola

    Assobecaty- Associação Beneficente Cultural Africana, recebeu o angolano, Jose Katito, doutorando em sociologia, veio domingo (18) conhecer as práticas do terreiro ao enfrentamento da epidemia HIV AIDS

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    A visita, além de estreitar a relação entre Angola e Brasil, também  poderá oportunizar  traçar um paralelo entre os valores tradicionais africanos com as comunidades tradicionais de terreiros brasileiros,

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    Para quem ainda não sabe, Mãe Carmen de Oxalá, tornou-se uma  referência no assunto AIDS e matriz afro gaúcha, dedica-se a análise deste fenômeno  desde o ano de 2008, vem  demostrando disposição e boa vontade de colaborar com a resposta da religião de matriz afro a  Epidemia da AIDS,elaborando e aplicando oficinas especificas para as comunidades tradicionais de terreiros.

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    A casa tradicional garantiu sua participação  desde o  planejamento e preparação do 1º  Seminário Estadual AIds e Religião, proposto pela Secretária Estadual de Saúde, foi a base  na experiência prática e teórica que adquiriu trabalhando cinco anos com o HIV e a AIDS no estado do Rio Grande do Sul.

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    Esses são alguns dos fatores que contribuiram para despertar o interesse do angolano, Jose Katito , veio ao Brasil para conhecer experiências bem sucedidas .

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    Ainda pode verificar o modo que acontece o enfrentamento a epidemia, a  forma que é incentivado  os religiosos para as  discussões e reflexões  teológica.

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    Marcelo Muscarri  estudante de Antropologia , também muito em breve ira defender  sua tese de doutorado na ufrgs  com  as temáticas, antropologia, religião e Aids, foi o cicerone de Katito.

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    O instrumento utilizado pelos investigadores para registar/anotar os dados recolhidos , chegaram com as folhas em branco, aos poucos  foram  sendo anotados um breve relato  da yalorixá.

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    Katito preencheu o caderno de campo, mas as anotações só a tese de doutorado que ele irá elaborar, que vai registrar suas impressões, e considerações. Só nos resta aguardar !